Páginas

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Exame FAN

É um teste muito utilizado com a finalidade de detectar doenças autoimunes em pacientes. A sigla “FAN” quer dizer fator antinuclear, em Portugal o exame é chamado de ANA, ou anticorpo nuclear. Normalmente nosso corpo reage à invasão de germes produzindo um número de anticorpos. Estes anticorpos são gerados pelo sistema imunológico que tem como função a proteção do organismo. Pessoas que possuem doenças autoimunes acabam produzindo anticorpos para lutarem contra os próprios tecidos, células e proteínas do corpo.

As doenças autoimunes são caracterizadas por enfermidades nas quais o corpo humano combate ele mesmo. Ou seja, o sistema imunológico passa a produzir anticorpos na luta contra algum tecido, célula ou proteína. Isto porque, de alguma maneira, determinada estrutura do organismo é identificada como nociva à saúde. O resultado é a produção dos auto-anticorpos, anticorpos contra o próprio corpo.

Nestas situações eles não combatem bactérias, fungos, vírus ou parasitas. Pelo contrário, eles atacam elementos importantes para o bom funcionamento do organismo como as células. As doenças autoimunes podem ocorrer na pele, nos rins, nas articulações e no sistema nervoso, por exemplo, promovendo sérias complicações.


QUANDO É INDICADO



O exame é realizado a partir de amostras do sangue do paciente em questão. Em um laboratório estas amostras serão analisadas e é possível que se identifique todos os anticorpos ali presentes. Um corante fluorescente é capaz de marcar cada tipo de anticorpo, então uma cultura de células humanas é misturada a este sangue.

Caso haja anticorpos que ataquem as estruturas das células humanas, estes irão migrar em direção às mesmas e acabarão fixados a elas, deixando-as fluorescentes também. Caso os anticorpos sejam do tipo que ataca o núcleo das células, o profissional verá na amostra uma série de células com núcleo fluorescente. Caso estes ataquem os citoplasmas das células, será possível ver vários citoplasmas brilhando. Assim por diante.

O exame será considerado um FAN não-reativo quando nenhuma parte das células ficar fluorescente, o que indica a ausência de auto-anticorpos. O procedimento é realizado várias vezes após uma série de diluições do sangue, sendo que só é considerado positivo após cerca de 40 diluições. Como uma parcela da população possui FAN positivo, este só será considerado preocupante após 160 diluições.

Além disto, existe mais de 20 tipos de imunofluorescência. Cada tipo descreve um modo de agir nas células humanas. Com isto é possível identificar padrões típicos de doenças como lúpus ou artrite reumatoide.




QUAIS SÃO OS PREPARATIVOS

Para a realização do exame FAN (fator antinuclear) é importante seguir algumas indicações. Todo medicamento que é utilizado no dia a dia precisa ser informado ao médico, para que este decida ou não pela interrupção do mesmo. Após marcado o procedimento é indicado chegar ao local com certa antecedência.

No dia do exame é preciso fazer um jejum de 4 horas. O paciente deve ter a amostra retirada logo pela manhã. Para o exame é necessário a retirada de uma pequena quantidade de soro. As lactentes terão a amostra colhida entre as mamadas. O resultado tende a sair em média depois de 3 dias.


RISCOS E EFEITOS COLATERAIS

A retirada do soro para a posterior análise não envolve risco ou efeito colateral algum. O material será colhido e logo em seguida o paciente é liberado. O único risco envolvido neste caso é a não realização do procedimento.

A análise da amostra será feita em um laboratório. Uma série de doenças pode ser detectada com a imunifluorescência, portanto, diante de suspeitas não hesite em realizar o exame. É simples e rápido. O resultado sai em alguns dias e de acordo com o laudo é possível dar início a um tratamento.


O QUE OCORRE APÓS O EXAME

É preciso saber interpretar corretamente os resultados do exame, desta forma muitas doenças podem ser precocemente detectadas. Caso o exame dê negativo, a busca pela enfermidade deve ou não continuar, isto vai variar de acordo com o quadro clínico do paciente.

É possível haver resultados positivos falsos, pois alguns medicamentos e certas doenças podem provocar um FAN reagente. Entretanto, não é certeza de que se trata de uma doença autoimune. Algumas das enfermidades mais comuns que promovem FAN reagente são a mononucleose e o linfoma, por exemplo.

Caso o FAN positivo seja confirmado é necessário avaliar os sintomas do paciente e, com isto, iniciar uma busca mais específica, procurando os auto-anticorpos que poderiam estar relacionados às doenças suspeitas. O exame antinuclear é, portanto, o início de uma investigação para doença autoimune, sendo que ele sozinho não é capaz de certificar nenhum diagnóstico.

Após o procedimento o paciente deve esperar pela avaliação médica. Outros exames poderão ser solicitados para que um diagnóstico possa ser confirmado. Quando da certeza da doença deve-se dar início a um tratamento o quanto antes. A grande maioria das enfermidades que são precocemente diagnosticadas possui um bom prognóstico.

Não é necessário um cuidado especial depois do exame, porém isto varia dependendo do estado do paciente e da doença que está se buscando. As orientações do profissional devem ser seguidas após o exame FAN (fator antinuclear) de modo a evitar transtornos. Diante de quaisquer sintomas não hesite em procurar por ajuda. Alguns procedimentos são bem simples de realizar e podem trazer resultados significativos para a qualidade de vida. Realize exames de rotina e esteja em dia com as consultas médicas. Sua saúde precisa de atenção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário