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sábado, 13 de dezembro de 2014

Caso que bombou na Internet

Programa Encontro da Fátima Bernardes, debate a autenticidade em caso que bombou na internet.

Emocionante!!!

Que bom seria que o mundo fosse assim.

Parabéns!!!
http://glo.bo/1Gtw5Tn

terça-feira, 21 de outubro de 2014

domingo, 17 de agosto de 2014

Oração do Amanhecer

·       Bom dia a todos!


Senhor,
no silêncio deste dia que amanhece,
venho pedir-te a paz,
a sabedoria e a força.

Quero olhar hoje o mundo
com olhos cheios de amor,
ser paciente, compreensivo,
manso e prudente.
Quero ver além das aparências teus filhos 
como tu mesmo os vês.
e assim, não ver senão o bem em cada um.

Fecha meus ouvidos a toda calúnia
Guarda minha língua de toda maldade.

Que só de bençãos se encha meu espírito.
Que eu seja tão bondoso e alegre 
que todos quantos se achegarem a mim
sintam tua presença.

Reveste-me de tua beleza, senhor,
e que, no discurso deste dia,
eu te revele a todos.

Um lindo e abençoado dia a todos que por aqui passarem.

Um abraço.

Maria Dalva.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

segunda-feira, 31 de março de 2014

Panela Pequena : Menu de Hoje

Panela Pequena : Menu de Hoje: Olá, bom dia!!! Hoje estamos começando nossas atividades. Sejam todos bem vindos, e esperamos que gostem do nosso tempero caseiro. Comida...

terça-feira, 25 de março de 2014

Panela Pequena : CONSTRUINDO CARDÁPIO > PARTE II

Panela Pequena : CONSTRUINDO CARDÁPIO > PARTE II:                           Sugestões para o Cardápio ·       Strogonoff de Frango ou carne (acompanhado de arroz branco e batata palha...

segunda-feira, 24 de março de 2014

Panela Pequena : Construindo Cardápio I

Panela Pequena : Construindo Cardápio I: Panela Pequena é um pequeno estabelecimento, cujo suas atividades tem por objetivo propor ao cliente o fornecimento de pequenas porções de ...

sábado, 1 de março de 2014

Do tempo da vovó, mas funcionam

Receitas do tempo da vovó.
Quer saber se funcionam?
Simmmmmmmmmmmm



1-Canja de galinha caipira para a mamãe no pós parto: Os antigos também chamavam de "canja de mulher parida". Minha mãe preparou para mim, logo após as duas gestações e realmente eu me sentia bem mais disposta e forte depois de tomar a canja. A carne branca é mais leve e digerível que a vermelha e os legumes cozidos também possuem nutrientes que ajudam as mulheres que deram a luz a se reestabelecerem mais rápido. A canja também é indicada quando as crianças estão doentinhas.

2-Vick Vaporub: Minha mãe usou muito vick em mim e nos meus irmãos, e hoje eu repito a técnica com as crianças. Quando eles estão com tosse principalmente, sempre passo vick no peito, pescoço e nos pés colocando uma meinha logo depois. É tiro e queda!

3-Cházinhos de todos os tipos: Foi a minha maior resistência. A pediatra não acreditava nos efeitos dos cházinhos da vovó e eu demorei para acreditar também. Hoje sou fã e recorre sempre a eles. Camomila e erva doce quando estão muito agitados, folha de goiaba para conter a diarréia, folha de romã para dor de garganta e assim por diante...

4-Banho quente e leite adoçado com mel e canela: Sabe aquele dia que a criança brincou com água, ou ficou no sereno e você está receosa e quer prevenir um futuro resfriado? Dê um banho com água bem morninha e um mamá de leite adoçado com mel e canela antes de dormirem. Leva o resfriado para longe.

4-Pés dos Bebês Agasalhados: Não importa se seu bebê nascer no frio ou no calor, mantenha sempre os pés com uma meinha, ajuda a evitar friagens.

5-Sal Grosso na água do banho: Uma técnica antiga que ajuda a criança a relaxar...minha mãe também me aconselhava a colocar umas gotinhas de álcool na banheira. O sal grosso tem propriedades relaxantes, faz o mesmo efeito de um bom banho de mar, que revigora qualquer pessoa.

6-Algodão nos ouvidos: Aconteceram algumas situações em que precisei freqüentar lugares barulhentos enquanto as crianças eram bebêzinhas. O conselho da vovó foi proteger os ouvidinhos deles com algodão. Outra técnica que acredito ser válida.

7-Receita Prática: Tem dias que o tempo está curto e precisamos de uma receitinha rápida, nutritiva e prática para a refeição das crianças. Essa receita eu aprendi com a minha sogra, as crianças adoram e volta e meia faço uso dela. Anotem Aí: Mingau de Fubá e ovinho: Dissolva o fubá em água fria, coloque na panela e mexa até engrossar. Quando estiver grosso, adicione sal, um ovo, salsinha e cebolinha. Mexa tudo até o ovo se dissolver e pode servir.

8- Maizena para assaduras: Gente maizena é tudo na vida de uma mãe. Para usar de maneira preventiva: faça uma trouxinha com uma fralda de pano cheia de maizena e borrife um pouquinho a cada troca de fraldas. Se a criança já está assada, dissolva a maizena na água do banho e continue usando a trouxinha nas trocas acompanhada de uma pomada para tratamento de assaduras de sua preferência. Garanto que vai melhorar bem mais rápido.

9-Pomada Nenê dent e Camomilina C: A erupção dos primeiros dentinhos costuma ser uma fase bem, incomôda para os bebês, deixando os irritadinhos e até com baixa na imunidade. Para aliviar um pouco desse incomôdo vale a pena se valer desses remédinhos antigos. A camomilina C para quem não conhece, é um remédinho fitoterápico a base de camomila, alcaçus e cálcio. Ele vem em cápsulas que vc abre e dissolve o pozinho misturado no leite ou no suco. Já a pomada Nenê dent é para ser aplicada na gengiva dos bebês e lembro que ajudava bastante a acalmar as crianças nessa fase.

10-Cantar: Cante sempre para o seu bebê. Pode se uma canção de ninar, uma música que você goste ou a mesma que cantava quando ele estava na barriga. A voz da mãe é sempre calmante e acolhedora para os bebês.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Como é feita a carne de soja?

Tudo começou com a igreja americana Adventistas do Sétimo Dia, que, no começo do século XX, já pesquisava uma alimentação alternativa à proteína animal para seus seguidores, a maioria vegetarianos. Foram eles que lançaram, em 1922, o primeiro produto do gênero. A técnica mais utilizada, porém, só surgiu no final dos anos 50 a partir dos farelos que sobram da extração do óleo de soja. Eles são passados, sob alta pressão e alta temperatura, pela rosca de um grande aparelho industrial chamado extrusor. “Produz-se assim uma farinha texturizada, de sabor neutro, que não se dissolve em água e se parece com a carne moída”, afirma o agrônomo Roberto Moretti, da Faculdade de Engenharia de Elementos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Além de não possuir colesterol, essa proteína vegetal é rica em fibras e bem mais barata que a carne animal. Apesar de substituí-la em dietas vegetarianas, seu principal uso ainda é encorpar a massa de salsichas, mortadelas e salames.

Matéria publicada na revista Super Interessante de Junho de 2001.
http://super.abril.com.br/saude/como-feita-carne-soja-442185.shtml
SUPER 165, junho 2001 

Super 165



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Só na Requenguela!!!

Ainda não tive a oportunidade de conhecer, mas tenho esperança que um dia Deus vai permitir.




CAR ROÇA ADVENTURE Rua principal, 00
Jericoacoara
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Vai Dar Tudo Certo, Deus Está No Controle

Calma, vai dar tudo certo! DEUS está no controle.

Foto Web


Pode parecer que a solução está distante, que Deus fechou os ouvidos ás suas orações, pode até parecer que não há uma saída; suas forças parecem já não mais suportar o peso das circunstâncias, mas eu quero declarar e liberar uma palavra profética sobre a sua vida.

- Eu declaro em nome de Jesus que esse momento vai passar e a vitória vai chegar em nome de JESUS! Que esses dias de deserto que você está passando são tratamento de Deus para a sua promoção diante d’Ele e dos homens e que ninguém irá te resistir, pois você é uma benção!

Entenda que o Senhor quer te fazer grande como fez e faz com aqueles a quem Ele libera um propósito. Foi exatamente assim com os grandes homens e mulheres que ele quis usar. não entendemos os métodos usados por Deus para nossa promoção em Seu reino, mas uma coisa é certa, ele não nos deixa desamparados à própria sorte. Ele cuida de nós e nos sustenta com sua destra vencedora.

Em Deuteronômio 28: 12 e 13, Deus libera duas palavras poderosas sobre o povo de Israel.

“O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado”.

“E o SENHOR te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir”.

Deus tem o melhor para você. Se disponha em obedecê-Lo e andar em seus caminhos e tudo te irá bem.

Não desanime, não desista! Continue caminhando em fé, pela fé e por fé em JESUS e você verá que todo esse temporal se acalmará com apenas uma palavra que for liberada do céu em seu favor.

As promessas de Deus para nós se cumpriram em JESUS, por isso devemos olhar somente para ele; ele é razão de tudo!

Em Filipenses 1: 6, está escrito que “nós não morremos até que vejamos toda vontade de Deus cumprida em nós”.

Não se deixe abater pelas aparentes circunstâncias do dia-a-dia; pelas línguas instruídas dos seus inimigos levantando palavras de afronta e maldição contra você; Deus está cuidando de você como sempre fez. Não se preocupe, Ele tem o controle absoluto de tudo em suas fortes e poderosas mãos.

”…Eis que Eu, JESUS, estarei com você até a consumação dos séculos” Mt. 28:20

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Sabores e aromas da culinária Goiana


Sabores e aromas da culinária Goiana.

Aproveite o carnaval para explorar os sabores e aromas da culinária Goiana nas cidades próximas à Brasília.

- Mané-pelado, pamonha, empadão, galinhada, compotas, doces cristalizados e licores. No tabuleiro ou no tacho, a cozinha goiana revela com simplicidade toda a sua riqueza, graças a uma fusão de sabores adaptados das culinárias indígena, portuguesa e africana. É também por meio dessa comida tradicional, feita no fogão a lenha, que pequenas regiões próximas ao Distrito Federal, como Pirenópolis, Chapada dos Veadeiros e Cidade de Goiás, contam um pouco de sua história, impressa nas receitas familiares mantidas por gerações. Para quem pretende aproveitar o feriado de carnaval em algum desses destinos, o Querocomer buscou o que há de mais tradicional nos roteiros e o que vale a pena experimentar.


Viagem ao século 18


Visitar a Fazenda Babilônia, em Pirenópolis (GO), cidade a 137 Km de Brasília, é como voltar no tempo e reviver um pouco da história e da gastronomia de mais de 200 anos atrás. No antigo engenho de cana-de-açúcar ─ erguido nos fins do século 18 e tombado como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ─, a arquitetura colonial e os muros de pedra esculpidos pelos escravos ainda estão preservados, assim como a capela original dedicada à Nossa Senhora da Conceição.


Querocomer - Cultura e Gastronomia de Goiás - Pirenópolis - Cidade de Goiás - Chapada dos Veadeiros - Cora Coralina

Nos fins de semana e feriados, o passeio pela propriedade termina com um café colonial (na fotoacima) inspirado em antigas receitas da região, típicas de um Goiás rural. A mesa farta reúne mais de 40 delícias produzidas na fazenda, como almôndegas, carne de porco caipira assada e conservada na própria banha, paçoca de carne-seca, linguiça suína caipira, galinha caipira, queijos (requeijão feito no tacho de cobre, ricota temperada e frescal), biscoitos (de polvilho, de queijo, salgados ou doces), bolo e broa de fubá, pamonhas, pães variados (caseiros, de alho, de mandioca), pão de queijo, brevidade(biscoitinho de polvilho, ovos e açúcar), Mané Pelado (bolo de mandioca), pau-a-pique, entre outros. Este último é uma variação do beiju, assada na folha da bananeira e que leva, além da massa da mandioca, queijo e coco ralados, leite de coco, ovos e manteiga de leite. A visita à Fazenda Babilônia sai a R$ 50 por pessoa, incluindo o passeio guiado e o café colonial.



“Meu café é um resgate antropológico. Adoro contar a origem e a transformação dos pratos. Tudo na gastronomia tem uma explicação. Ela é história”, garante uma das herdeiras da fazenda, Telma Lopes Machado, 62 anos. Como exemplo, ela cita o bolo da senzala, um preparo de fubá de canjica com leite, garapa, cravo, canela e açúcar, assado na folha de bananeira. “Era uma receita muito usada pelos escravos pois a cana-de-açúcar era um ingrediente de fácil acesso. Por ser forte e nutritiva, era dada aos escravos à vontade. Assim, os senhores de engenho economizavam com outros alimentos”, conta.

Telma não deixa escapar nenhum detalhe. Para tudo o que está em sua mesa, ela garante uma explicação. Nem o pão de queijo, um dos ícones da cozinha mineira, foge às suas observações. “No século 18, não havia farinha de trigo no Brasil. Foi na tentativa de fazer o pão tradicional com polvilho, que essa receita surgiu. Por isso digo que o pão de queijo não é só de Minas. Também é de Goiás e, principalmente, do interior do Brasil”, defende.


Querocomer - Cultura e Gastronomia de Goiás - Pirenópolis - Cidade de Goiás - Chapada dos Veadeiros - Cora Coralina

A fama do pão de queijo de Dona Sebastiana, 78 anos, considerado um dos melhores de Pirenópolis, está aí para comprovar a afirmação de Telma. “Inventei essa receita há 45 anos. Com ela, criei meus 10 filhos. Meu segredo está no preparo. Enquanto os outros escaldam e utilizam ingredientes de baixa qualidade, eu uso tudo cru e do melhor. Faço a mistura na gamela de madeira, com queijo meia-cura, e amasso com leite. Depois, levo para assar no forno médio” revela Sebastiana. O resultado é um pão de queijo sequinho por fora e macio por dentro, a R$ 0,90 (a unidade) e a R$ 25 o quilo.



Há alguns anos, a especialidade, que ajudou Dona Sebastiana a sustentar os filhos, virou um negócio de toda a família. “Agora, a turma toda me ajuda: filhos, netos, nora. Não escondo a receita de ninguém. Sei que meu segredo é o amor que sinto”, diz sorrindo. Além de seu carro-chefe, ela vende compotas de frutas da estação, geleia de jabuticaba (R$ 8), pasta de caju seco (R$ 20, o quilo) e outras guloseimas. Tudo preparado na cozinha da sua casa.

Ainda em Pirenópolis, é fácil encontrar arroz com pequi, peixe na telha, galinhada, pamonha, frango com guariroba, castanha de baru e tantas receitas e ingredientes que marcam essa cozinha regional. O restaurante Piqui de Piri, na Rua Direita, por exemplo, oferece clássicos como o frango caipira com pequi ou com quiabo, acompanhado de salada verde e legumes, a R$ 35 (a porção para duas pessoas). Já o arroz com guariroba (um palmito amargo) sai a R$ 10 a porção.

Marmita tradicional

O clima místico que predomina na Vila de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros (GO), a cerca de 250 Km de Brasília, tem tudo a ver com comida natural. Mas a cozinha do lugar vai muito além disso. Lá é possível apreciar a simplicidade das receitas caseiras goianas, que traduzem a cultura local. É o caso damatula ─ um cozido de feijão, enriquecido com carnes, inclusive algumas partes de porco, além de farinha de milho, como se fosse um tutu, só que mais elaborado (foto ilustrativa abaixo).


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A matula era o principal alimento dos peões no século passado, um tipo de marmita usada pelos trabalhadores rurais da época. A receita mais famosa da Chapada é oferecida no Rancho do Seu Valdomiro, à beira da estrada, entre Alto Paraíso e a Vila de São Jorge. Seu Valdomiro, um senhor hospitaleiro, nascido e criado na Chapada dos Veadeiros, garante deter o segredo do preparo, considerado o melhor da região ─ feito com feijão branco ou mulatinho cozido com carne-de-sol, linguiça, pé e pele de porco, lombinho ou carne de porco conservada na própria gordura. Tudo bem temperado e refogado, misturado com farinha de milho e servido na folha de bananeira, a R$ 15 (individual). Para acompanhar, a sugestão são os licores de frutos típicos, como buriti e pequi, também criados por Seu Valdomiro.

Ao explorar a riqueza dos ingredientes locais em pratos mais elaborados, quem se destaca é a Pousada Casa das Flores (foto abaixo), na Vila de São Jorge. No menu, receitas como o filé de surubim ao molho cremoso perfumado com pequi, acompanhado de espaguete com palmito e brócolis ao alho, a R$ 29,90; o frango grelhado com molho de tamarindo e leite de coco, guarnecido por arroz integral com gengibre e batatas assadas no azeite e alho, a R$ 29,70; e o gratin de bacalhau ao creme de baru (lascas do peixe em cama de mandioquinha salteadas no alho-poró, com pimentões coloridos e alcaparras) escoltado por arroz com raspas de limão, a R$ 37,70.


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Doce Poesia em Goiás Velho

“Algumas pessoas se surpreendem como uma mulher que escrevia versos tão bons e contos de rara sensibilidade também podia fazer doces de tanta qualidade. Mas não havia contradição nas ocupações da goiana Cora Coralina. A autora de Vintém de Cobre ─ Meias Confissões de Aninha (1983), que Carlos Drummond de Andrade chamou de ‘moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado’, também irradiava lirismo puro e saboroso pela doçaria”, relata Claudia Scatamacchia, em seu livro Cora Coralina ─ Doceira e Poeta.


Querocomer - Cultura e Gastronomia de Goiás - Pirenópolis - Cidade de Goiás - Chapada dos Veadeiros - Cora Coralina



Não por acaso, a poetisa descreveu como ninguém, em detalhes de dar água na boca, a riqueza culinária de sua terra natal. Reconhecida em 2001 como Patrimônio Histórico e Cultural Mundial pela Unesco, aCidade de Goiás, também chamada de Goiás Velho, a cerca de 340 km de Brasília, abriga as doceiras mais famosas do Centro-Oeste. Entre colheres, tachos de cobres, caneta e papel, Cora se referia à gastronomia como a arte mais elevada de todas, ligada às coisas da terra, que são essenciais ao ser humano. Ela tanto divulgou as guloseimas de sua cidade como também não guardou segredo sobre suas receitas. Além de ensinar, deixou várias delas registradas. Tamanha foi sua contribuição que sua casa foi transformada em museu (foto acima) ─ hoje, possível de ser visitado até pela internet.


Querocomer - Cultura e Gastronomia de Goiás - Pirenópolis - Cidade de Goiás - Chapada dos Veadeiros - Cora Coralina

Descendo pelas suas ruas de pedra, é comum encontrar casinhas coloridas com portas abertas, exibindo mesinhas de doces. Dentre seus preparos mais famosos estão os de frutas cristalizadas e compotas,pastelinhos (um tipo de tortinhas com massa de farinho de trigo e recheio de doce de leite), bolinho de arroz (feito com coalhada, açúcar, queijo ralado e fubá de arroz), flor de coco (fitas delicadas de coco) e um doce de nome árabe, trazido pelos portugueses e adaptado aqui: o alfenim, que significa aquilo que é branco, alvo (al-fenid). Esse último, infelizmente, corre risco de se perder no tempo.




Querocomer - Cultura e Gastronomia de Goiás - Pirenópolis - Cidade de Goiás - Chapada dos Veadeiros - Cora Coralina



Modelado a mão livre no “puxa de açúcar” (ponto consistente de uma massa branca feita basicamente com água e açúcar), o alfenim ─ por ser muito trabalhoso e pouco valorizado ─, atualmente, é vendido por uma única doceira de Goiás Velho: Dona Silvia, uma senhora de 80 anos, que passou cinco décadas da sua vida dedicada à arte de transformar açúcar em escultura. “Ninguém quer fazer porque não dá lucro. Já tentei ensinar, mas todo mundo acha muito complicado. Ainda acredito que não vou levar comigo essa receita. Sempre vai ter alguém com coragem para aprender, seja pela necessidade ou pela vontade de manter a tradição”, diz confiante. Para executar a receita, além de dedicação, Dona Silvia avisa que é preciso estar com as “mãos frias”. “Os alfenins (foto abaixo) são muitos sensíveis. Acordo cedo para fazer, porque se o tempo esquentar eles derretem nas mãos”, explica. Cada peça custa apenas R$ 1.


Querocomer - Cultura e Gastronomia de Goiás - Pirenópolis - Cidade de Goiás - Chapada dos Veadeiros - Cora Coralina


Serviço



Dona Sebastiana
Rua Nova, Nº 13, Pirenópolis.
Diariamente, das 6h30 às 18h30.

Dona Silvia
Praça Brasil Caiado nº 38, Cidade de Goiás; (62) 3371-1312.

Fazenda Babilônia
Acesso pela GO-431, Km 3, 26 km de Pirenópolis; (62) 9291-1511.
Domingos, sábados e feriados, das 9h às 16h. Demais dias, a combinar.

Piqui de Piri
Rua Direita, 13, Pirenópolis; (62) 3331-3397

Pousada Casa das Flores
Rua 10, Qd. 14. Lt. 2, Vila São Jorge, Chapada dos Veadeiros; (62) 3455.1055.

Rancho do Seu Valdomiro
GO-239, no caminho entre Alto Paraíso e Vila de São Jorge.


Fotos: banco de imagens / divulgação